29
Jun07
Um post com idade mental de 5 anos
Laura Abreu Cravo
Quando era menina e ficava em casa por estar doente havia sempre um sentimento misto de desconforto (pela enfermidade) com a liberdade (ainda que condicionada) de saber que o dia seria passado sem obrigações, entre mimos e leituras e programação televisiva de qualidade degradante.
Hoje, enrolada numa manta a maldizer as peculiaridades do ser humano, percebo que o mundo não me reserva, para os dias de moléstia, mais do que a imagem esganiçada de Fátima Lopes pela manhã e, se tiver muita sorte, a distracção longínqua proporcionada pelo torneio de Wimbledon de tarde. Acho que lhe chamam emancipação, mas, francamente, parece-me só uma maçada.
Hoje, enrolada numa manta a maldizer as peculiaridades do ser humano, percebo que o mundo não me reserva, para os dias de moléstia, mais do que a imagem esganiçada de Fátima Lopes pela manhã e, se tiver muita sorte, a distracção longínqua proporcionada pelo torneio de Wimbledon de tarde. Acho que lhe chamam emancipação, mas, francamente, parece-me só uma maçada.