[rapaz x]: — Eles andavam sempre, mas sempre juntos, assim como se fossem (pausa)...
[rapaz y]: — Como se fossem gays?
[rapaz x] — Não, pá! Que disparate. Eram miúdos, e os miúdos não são gays; são miúdos. Gays são dos gajos da tua idade.
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[rapaz x]: — Eles andavam sempre, mas sempre juntos, assim como se fossem (pausa)...
[rapaz y]: — Como se fossem gays?
[rapaz x] — Não, pá! Que disparate. Eram miúdos, e os miúdos não são gays; são miúdos. Gays são dos gajos da tua idade.
Nunca gostei de coentros. Acho o sabor impositivo, o cheiro demasiado intenso. A pequenina erva, a par de outros “temperos”, tem a peculiaridade de neutralizar qualquer outro sabor que o alimento condimentado pudesse ter, passando a revesti-lo do seu próprio. O coentro aloja-se, acomoda-se, contamina e impede-nos de desfrutar do que quer que esteja à volta, roubando, pela sua agressividade, a subtileza e a singularidade dos outros. Dir-me-ão que é uma questão de aprender a apreciar o seu infinito particular? certamente. Mas, para isso, é preciso que se goste de coentros. Ou, pelo menos, que se consiga tolerar-lhe o sabor.
À frente da minha janela, num sexto andar, há uma pomba que se multiplica em voos Kamikaze contra o vidro da janela do prédio da frente. Estatela-se, cai no parapeito, esvoaça e torna a lançar-se em fúria para se estatelar de novo. há uma quantidade de penas a pairar ali à volta e nada parece fazê-la desistir daquele exercício aparentemente infrutífero e objectivamente inútil.
Encontrar um cavalo caído com uma pata partida e dar-lhe imediatamente um tiro nos miolos é ajudá-lo. De certa forma.
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