14
Nov07
Dia 7 de Novembro, à noitinha
Laura Abreu Cravo
Depois de ter passado uma semana em semi-privação de sono (com mais dois convivas apreciadores) algures no início do Verão, para ver, entre outras coisas, os Interpol, não quis deixar de ir ao Coliseu para ouvi-los sem mais sete bandas a encher chouriços pelo meio (a bem da verdade, ainda estou para acertar contas com alguém pela seca que tive de aguentar à conta de uns tais de Scissor Sisters, coisa muito gay friendly e politicamente correcta — pela biodiversidade — mas que eu, francamente, teria dispensado).
No mais ainda estou para perceber a nova moda que para aí anda de dizer que os Interpol (que toda a agente aplaudia como génios do novo panque-roque) são afinal uma banda mediana a atirar para o fraquinho. Como a opinião geral há muito que deixou de me interessar, mais ainda quando se trata do que ouvir lá em casa, passo a informar que no dia 7 de Novembro, às 11 da noite, começou um óptimo concerto, por uma banda que sabe o que está a fazer e que (Deus seja louvado) não trata quem os tenha ido ver com a simpatia artificial de quem esteja a tocar no Natal dos Hospitais.
Artistas frios? Gostamos e ficamos gratos. Os amigos vão lá a casa.