28
Fev07
Epitáfio
Laura Abreu Cravo
Dizia frequentemente que estava a morrer de sono, sede, cansaço ou fome. Morria de vontade, de falta de paciência, de tédio. Nunca se lhe ouviu dizer que morresse de amores por alguém. Tinha uma disciplina espartana no que diz respeito a estratrificar as suas prioridades para efeitos de sobrevivência.