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Out07
tirar o pó ao cachecol
Laura Abreu Cravo
Uma das razões para se querer viver a vida na bancada Sapo (já que estão tão distantes os dias de glória daquela enorme águia) é o facto de, para variar, saber certamente bem estar-se num espaço no qual as pessoas a menos de dois metros de nós — ideologias, credos e episódios traumáticos à parte — querem todas o mesmo, têm um objectivo único, um sentimento comum, um fulgor genuíno e arrebatador que não acaba depois dos noventa minutos. E é assim, mesmo que se vá de derrota em derrota.