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Dez07
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Laura Abreu Cravo
Não, nem a autora nem o blogue deixaram de existir tal qual os conhecemos. Graças a um simpático leitor devidamente identificado, que veio indagar “onde andaria eu a escrever” a culpa da negligência a que devotei esta casa nos últimos tempos abateu-se sobre a minha cabeça como as chuvas de Abril. Não mudámos de poiso, não escrevemos para outros destinatários--porque gostamos dos nossos, tão opinativos e presentes. Andamos a escrever em folhas sem graça, timbradas e estandardizadas, missivas intermináveis na árida prosa jurídica, longe dos prazeres mornos destes exercícios livres e (desejavelmente) irresponsáveis. Quando não estamos aqui, não estaremos noutro sítio qualquer, a não ser na vida real. Mas obrigada aos resistentes, aos curiosos e aos entusiastas.