09
Dez08
...
Laura Abreu Cravo
Raios partam a educação católica e mais a culpa judaico-cristã. Lidar com a humanidade, à data, disponível, requer vários volumes de instruções, workshops, teses de doutoramento que suportem fundamentadamente as posições doutrinárias divergentes do cânone e alguém que esteja encarregado de, a cada momento, proceder à monitorização de cada uma das ainda que pequeninas, fugazes e insignificantes relações humanas iniciadas.
Em que momento já estamos obrigados (e constantemente em dívida) para com o próximo? No exacto momento da concepção, quando nos cruzamos para a primeira saudação (ou uma mera carga de ombro causada por falta de espaço) ou apenas numa fase de relações a caminho de ser sedimentadas, já aferida a viabilidade das mesmas?
Ainda não consegui perceber as respostas certas para nenhuma destas perguntas, mas voltaremos ao tema, ainda em 2008. Até lá, por via das dúvidas, vou enfiar-me no escafandro, na absoluta convicção de que metade das pessoas que apareceram na minha vida nos últimos 2 anos foi engano do Argumentista. Ou uma piada de muito mau gosto.