Quinta-feira, 8 de Abril de 2010
Por Deus, façam cerimónia.
Não sejam tudo, em directo, a todo o tempo, com todas a pessoas. Não presumam que estão autorizados a ser, sempre, absolutamente sinceros. A transparência, vício dos impolutos, está a dois ténues passos do asselvajamento e nem todos conseguem abster-se de transpor a perigosa linha. Os amigos dos nossos amigos não serão, por osmose, nossos amigos e as relações relativamente próximas não são necessariamente íntimas. Por isso, façam o favor de fingir, engolir em seco para não ofender, mentir, se preciso for, em vez de dar largas à vossa indefectível verdade.
Quando o utilizador não é suficientemente experimentado ou sequer polido para envolver a sinceridade num manto de delicadeza — e a menos que esteja a depor em tribunal ou ajoelhado em confissão — que se cale; e evite maçar aqueles que dedicam toda uma vida a escolher as palavras certas.
De paula a 8 de Abril de 2010 às 17:49
Em cheio...
Porque não sei eu escrever/dizer desta forma sublime, aquilo que devia ter dito nas vezes que me chamaram hipócrita...
Hipócrita?!!!
Logo eu, tão vertical, que julgava apenas estar a ser bem educada.
http://ericbustamante.blogspot.com/
As flores são lindas e dedicaram as suas vidas à arte da beleza. Fato que não impede que as arranquemos apenas para agradar outrem, como forma de presente, mesmo sabendo que murcharão. O ser humano é egoísta. Não espere agrados ou simplesmente bons tratos das pessoas para as quais você não é importante. Elas vão, no máximo lhe aceitar no meio. E a verdade é que não; não se calarão. O mundo é duro e áspero. É lugar para os que não são “flor que se cheire”. Então, eu sugiro que não coloque a culpa no “utilizador”. Torne-se importante. Ninguém arranca a flor do próprio quintal...
Nem mais.
Grande post, é sempre bom ouvir alguém relembrar a funçao social da hipocrisia...
Parabéns pelo seu blog, muito bom!
De Dalila a 19 de Novembro de 2010 às 15:13
Olá Laura,
Mas que bem...
Parabéns!
Bjinhos
Comentar post